terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hotel Palácio Estoril celebra 80 anos de vida

Agosto é mês de festa no hotel. E porquê? Porque se assinalam os seus 80 anos de vida. Uma história entre chefes de Estado, reis, rainhas, príncipes, e princesas, espiões reais e de ficção

A entrada do Palácio Estoril Hotel faz-se pela Rua Particular, actualmente em obras, onde uma cancela fechada anuncia a chegada à propriedade deste espaço hoteleiro. Um funcionário controla os acessos e a cancela é elevada manualmente.

Logo que estacionado o carro, o sr. Afonso (o funcionário mais antigo, com 56 anos de casa), um dos trintanários do hotel, recebe quem chega abrindo a porta dos carros e dando as boas-vindas, sempre acompanhado de um sorriso e de um ligeiro levantar do chapéu. Está feita a chegada oficial ao Palácio Estoril Hotel.

A história do hotel remonta ao ano 14 do século passado. Fausto Figueiredo (1880-1950), homem do Norte, empresário e responsável pela dinamização do turismo português, principalmente na zona do Estoril, foi o mentor do projecto do hotel idealizado para ter início nesse ano. Mas a I Guerra Mundial adiou os planos e as obras só viriam a começar em 1928.

Dois anos mais tarde, a 30 de Agosto, o hotel abre as portas ao público, recebendo no seu ano de estreia o príncipe Takamatsu, irmão do imperador Hirohito do Japão, que estava em lua-de-#-mel. O Palácio Estoril tem sido desde então uma natural escolha de inúmeros reis, rainhas, príncipes e princesas de todo o mundo, para momentos de lazer mais prolongados ou para simples estadas oficiais.

Henry Martinet foi o arquitecto francês responsável pela obra do edifício, inspirando-se em lugares de culto da época como Biarritz. Lucien Donnat, hoje com 88 anos, teve a seu cargo a decoração, marcada pela linha art déco, movimento em voga na altura da construção do hotel.
"Desde o primeiro momento que Donnat [arquitecto de interiores] tem sido a pessoa responsável pela decoração desta casa. Na última remodelação que decorreu há meia dúzia de anos, antes do 75.º aniversário, ainda foi feita por ele. Claro que no futuro já não será assim devido à sua idade, mas serão certamente respeitadas as suas directrizes estilísticas", explica Francisco Corrêa de Barros, director--geral do Palácio Estoril Hotel, ao DN.

A tradição continua a ser o que era para alguns dos hóspedes deste espaço. Habituados a passarem férias desde crianças, nunca quebraram este ritual instituído por familiares, e todos os anos regressam para descansarem. "A minha avó trazia-me cá todos os Verões. Casei-me, fui mãe e avó e criei esse mesmo hábito na minha família. Hoje, venho para cá sozinha. Esta é a minha segunda casa, mas por vezes não sei se não é a primeira pelo carinho e afecto com que sou tratada", confessa Elisa Pimenta, de 74 anos, cliente habitual do hotel. Já cá viveu durante três anos, depois de ter sofrido um acidente. A relação de cumplicidade criada entre Elisa Pimenta e o staff ultrapassou, há muito, a simples relação entre cliente/funcionários.

Em 1983, o Palácio Estoril deixa de pertencer à família Figueiredo e passa para as mãos de uma outra família, a do iraquiano Albaker. O primeiro contacto com o hotel acontece em 1974, mas o negócio só se concretiza nove anos mais tarde.

Por aqui já pernoitaram Grace Kelly e o príncipe Rainier, Gina Lollobrigida, Rock Hudson, Pedro Almodóvar, Pedro Abrunhosa, Joan Baez, Charles Trenet, Diana Ross, Chris de Burgh, os príncipes do Luxemburgo, o príncipe Edward, o Rei Juan Carlos e a rainha Sofia, Valentino Rossi, Amália, Diana Rigg, George Lazenby, Ian Fleming, Orson Welles, Tony Blair, Benjamin Natanyahu, entre muitas outras figuras do panorama político, artístico e cultural, nacional e internacional.

"Somos uma grande família que tem prazer em receber quem nos escolhe", frisa Francisco Correa de Barros.

Um hotel que conta as histórias do tempo que passa.

CATARINA VASQUES RITO / Diário de Notícias / 2010

História com espiões

Quando James Bond visitou o Estoril

Reais ou de ficção, as histórias dos agentes secretos confundem-se com a do Palácio Estoril Hotel. O mais famoso agente de sempre, no cinema, é James Bond. As filmagens do filme 007, Ao Serviço de Sua Majestade, com George Lazenby e Diana Rigg, a bond girl, passaram por Portugal, nomeadamente pelo hotel, em 1969. José Diogo, concierge, então com 17 anos, foi convidado a participar numa cena, onde entrega as chaves do carro com Bond de costas para a câmara. O jovem aceitou o desafio e nunca mais esqueceu este momento.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Compromisso de Ouro


O ambiente é de glamour e luxo, durante uma festa, no antigo palácio Valle Flor, agora hotel Pestana Palace, em Lisboa. O mistério e sedução assumem uma certa reminiscência James Bond.
O agente Millennium BCP é Paulo Pires e a missão é apresentar a proposta «compromisso de ouro» ao cliente Prestige, representado por Ricardo Carriço.

http://www.ilon.pt/venda-e-aluguer-vestuario-cerimonia.php ILON



A linha de realização das nossas campanhas é mais ousada, mais cinematográfica este ano", avança ao DN o director-geral, Paulo Fidalgo. Um gesto de mão do responsável abarca o aparato "hollywoodesco" instalado no domingo bem cedo na Avenida da República, em Lisboa.

(...)

Depois do estilo James Bond, cultivado por Ricardo Carriço e Paulo Pires, o novo spot puxa agora pela força de Missão Impossível, inserido num projecto comercial que ronda os três milhões de euros. "Publicidade é publicidade, mas acreditamos que ela pode ser sincera", sustenta o director-geral do Millennium bcp.

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=654205 DN / 2007

(...) O caso passa-se num banquete e Ricardo Carriço é o cliente "Prestige" do banco, representado por Pires. Dialogam sem fim e depois selam um "compromisso de ouro" através da oferta duma caneta Montblanc ao cliente. O ambiente está bem criado, mas teria sido preferível que Pires e Carriço tivessem ficado como o BCP: sem palavras. Eles falam demasiado conteúdo sem chegarem a entrar em acção. Até parece que nem se mexem, o que não corresponde às ideias feitas que temos dos filmes tipo James Bond. Há um erro no anúncio: o facto de um sugerir Bond faz com que o outro devesse ser o mau da fita na lógica da literatura popular em que os romances de Ian Fleming se inscrevem. Ora Carriço começa por representar o papel de mau, mas depois a coisa não desenvolve porque, afinal, ele também é bom (é cliente). São os dois bonzinhos, o que cria algum ruído adicional.

sábado, 14 de agosto de 2010

Zero Zero Zé

ZERO, ZERO, ZÉ (ORDEM P'RA PAGAR)
Teatro Variedades - 1966

produção de Giuseppe Bastos e Vasco Morgado

Com: Florbela Queirós, José Viana, Carlos Coelho, Leónia Mendes, Dora Leal, Maria Dulce, António Calvário

Texto de Paulo da Fonseca e César de Oliveira

Música de Frederico Valério, Fernando de Carvalho e Carlos Dias

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Em 1966 foi lançado internacionalmente o filme 007 - Operação Relâmpago da série James Bond