quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FBD

"De um crescente dourado" mostra outro tipo de fascínio, este pelo islamismo. 

Fala sobre Pêro da Covilhã, um homem que atravessa rotas perigosíssimas e que é um espião. Sempre lhe chamei o James Bond de D. João II. Truculento, ao que parece muito bem preparado fisicamente, teve que se identificar como árabe para descobrir as rotas secretas do comércio. Por isso inicia-se no islamismo e, segundo o Conde de Ficalho, sem nunca ter perdido a fé cristã. A minha tese é diferente: ele absorveu de tal maneira essa nova personalidade que acabou por converter-se ao islamismo de uma forma sincera, tanto que nunca mais voltou a Portugal. O padre Francisco Álvares encontrou-o anos depois na Etiópia, já com muito filho e muita mulher à volta.

Entrevista de Fausto Bordalo Dias, Público, 25/11/2011

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