segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Eurobond




Já me aconteceu tantas vezes ver desenhos semelhantes aos meus ! Já discuti isso com outros colegas, há ideias que são paradigmas, e portanto óbvias, às vezes é impossível ser-se original.

O mote até me foi dado pelo texto do Expresso que acompanha o cartoon, e que acaba assim : "Para terminar, espero bem que depois de um "bond" que tinha licença para matar, se encontre o caminho para estes, um dia, poderem nascer."

O valor acrescentado da minha ideia é apenas o desenho da linha "disparada" pelo Bond.

Cristina Sampaio

Cartoons do Ano 2011 de António, André Carrilho, Augusto Cid, Cristina, Gonçalves, Maia, Henrique Monteiro e Gonçalo Viana

http://humorgrafe.blogspot.com/

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Notas do Casino Estoril


"007, Ordem para Jogar" foi o nome de um espectáculo do Casino Estoril que era protagonizado por Victor Espadinha. Na estreia a convidada musical era Theresa Maiuko. Mais tarde foi substituída por Dulce Pontes e Rita Guerra, ambas em início de carreira.

A parte de trás da nota já tinha sido mostrada neste blog

A estreia do espectáculo foi em 1990 por isso é provável que 91915 tenha a ver com a data de um dos espectáculos (15 de Setembro de 1991?).


Super show "007 - Ordem para Jogar" com High Society Ballet, Prof. Al Carthy, Theresa Maiuko, Johnny Martin, Fátima Zohra, Vítor Espadinha, Orquestra Casino Estoril, Gipsy Rhapsody Quartet, Rita Guerra.

fonte

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Uma Lisboa saída de um filme de James Bond


Há quem diga que a prostituição é a mais antiga profissão do mundo, mas um passeio da Lisbon Walker prova que os espiões são sérios candidatos a esse título. Dos Descobrimentos à Segunda Guerra Mundial, venha conhecê-los

Qualquer semelhança entre o James Bond de Ian Fleming e o espião Triciclo não é pura coincidência. Antes de morrer, Ian Fleming revelou que o agente duplo que viveu em Lisboa durante o período da Segunda Guerra Mundial terá servido de inspiração à sua personagem. E para quem achava que o Casino Royale era o do Mónaco, há novidades - o escritor referia-se ao Casino Estoril.

Não muito longe da literatura e do cinema, a realidade vivida em Lisboa na época do conflito serviu de base a um passeio organizado pela Lisbon Walker, uma empresa que organiza passeios temáticos. "Lisboa foi um ninho de espiões", concluíram José Varandas e outros membros da Lisbon Walker depois de várias leituras sobre a presença de refugiados na cidade. Enquanto país neutro durante a Segunda Guerra Mundial, Portugal foi um local privilegiado para as partes em conflito se encontrarem para negociações e, à boleia, vieram também os espiões, alguns dos quais acabariam por ter um papel importante no conflito.

Durante quase três horas, os participantes deste passeio a pé ficam a conhecer um passado de oito séculos de espionagem em Lisboa. O passeio começa onde todos os outros percursos da Lisbon Walker têm início: na Praça do Comércio. Aqui, a conversa recua aos séculos XV e XVI, à época dos Descobrimentos. Sim, já aí existiam espiões. E até o próprio Cristóvão Colombo - já diria José Rodrigues dos Santos - pode ter sido um deles. Daqui até ao século XX, a viagem faz-se por baixo de terra, de metro até à Avenida da Liberdade. Com a descida, dois nomes vão-se desenhando: Garbo e Triciclo, nomes de código de dois agentes duplos que trabalhavam para os Aliados mas eram fiéis da causa nazi. A vida de qualquer um dos dois encontra-se amplamente documentada e, por isso, há pano para mangas neste passeio. Garbo, um espanhol que residia em Lisboa, tornou-se numa lenda da espionagem.

A partir deste ponto, conhece-se uma série de locais de eleição destes espiões: os hotéis onde ficaram alojados ou onde se encontravam. O Hotel Avenida Palace esteve muito ligado a uma conspiração alemã, no Hotel Suíço-Atlântico esteve hospedado um destes espiões e o Hotel Vitória, actual sede do PCP, era o favorito dos Aliados. Toda esta descrição é acompanhada de um enquadramento no Estado Novo e de como se vivia em Lisboa nessa época, para recriar o seu ambiente na cabeça dos participantes. Chegando ao Rossio, o tema da conversa foca-se nos refugiados, que Portugal acolheu em quantidade e que trouxeram muitas informações úteis.

"Este é um passeio que levanta muita curiosidade, tanto para quem toma contacto com o tema pela primeira vez, como para quem já leu inúmeros livros sobre ele", garante José Varandas, da Lisbon Walker. E há motivos para agradar a todos. Tanto, que até antigos espiões estrangeiros já terão (alegadamente, claro) vindo fazê-lo.

"Lisboa, Cidade de Espiões" acontece no segundo domingo de cada mês, às 14h30. Custa €10 por pessoa. Não implica inscrição prévia, basta aparecer no local combinado (Pç. do Comércio com Terreiro do Paço). Para mais informações contacte a Lisbon Walker. www.lisbonwalker.com

Jornal I / 12 de Fevereiro de 2010