domingo, 30 de dezembro de 2012
007 em Lisboa
Fotografia e legenda de António João Neves
Timeline do jornal expresso 1972-2012
Estreia do filme 007 - Alvo Em Movimento (A View To A Kill" com a presença do realizador John Glen e de duas girls Nike e Carol - em Setembro de 1985 nos cinemas Lusomundo.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Gala das Estrelas da TVI
O Agente Eiró e a Rainha |
Iva Domingues como Bond Girl |
Antes da imitição de Adele por Romana, na interpretação de "Skyfall", deu uma primeira sequência com Nuno Eiró, Teresa Guilherme e Sousa Martins, alusiva ao video transmitido na inauguração dos jogos olimpicos de Londres em que a Rainha de Inglaterra contracenou com James Bond, e um espectáculo de dança em que Iva Domingues desempenhou o papel de uma Bond Girl.
Imitação de Romana |
terça-feira, 27 de novembro de 2012
007 Nacional
César Mourão é o 007 Nacional |
Apresentado no "Gosto Disto" da SIC,de 24/11/2012
César Mourão como 007 no "Gosto Disto" da SIC
Video
César Mourão é Bond, James Bond num filme escaldante, repleto de mulheres sensuais e bonitas (Cláudia Vieira é sexy bond girl), acção, pancadaria, carros potentes, cenas de atropelamento e muito mais.
http://roletadasanedotas.com ou http://bit.ly/RoletaAnedotas
Mais uma produção Casimiro Produções |
https://www.youtube.com/watch?v=ia_ulS_LPtw
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Eduardo Jaime no Canal Q
Eduardo Jaime e a sua Jaime Girl no Canal Q.
O nome dele é Jaime, Eduardo Jaime - O melhor agente secreto português
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Sapo.pt
a página principal do Sapo volta a ter uma referência a 007, por ocasião da estreia de skyfall, com um banner que linka para uma página especial de James Bond no site http://cinema.sapo.pt
sábado, 20 de outubro de 2012
Só se vive duas vezes
Só se vive duas vezes. José Mourinho completa hoje 500 jogos
http://www1.ionline.pt/conteudo/116898-so-se-vive-duas-vezes-jose-mourinho-completa-hoje-500-jogos
13/04/2011
José Mourinho já foi James Bond numa campanha publicitária e hoje volta a sê-lo para o i. Chegámos ao dia do Tottenham-Real Madrid (segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões), jogo que marca a 500.ª partida do português como treinador principal, depois de se ter iniciado no Benfica 2000/01, convencido a assinar contrato por Vale e Azevedo. Veja, a partir daí, algumas das missões do Especial, uma figura que gosta do futebol sempre agitado. Isto é, "shaken, not stirred"
OPERAÇÃO RELÂMPAGO
(Vale e Azevedo)
Jupp Heynckes ganha ao Estrela da Amadora mas vê lenços brancos. Com ordenados em atraso, o técnico alemão apresenta a demissão. Vale e Azevedo quer Toni mas a reunião com o técnico é inconclusiva. O presidente não espera pelo dia seguinte e informa Eládio Paramés, director de comunicação do Benfica, da necessidade de acelerar o assunto e é assim que Mourinho, de férias em Setúbal, é contactado. Renitente primeiro, convencido depois, o ex--adjunto de Bobby Robson e Van Gaal parte para Lisboa para uma reunião em casa de Álvaro Braga Júnior. Já de madrugada, Mourinho encontra-se com o presidente do Benfica, no escritório deste, para selar o acordo. A forte empatia entre presidente e técnico faz milagres e Mourinho regressa a casa, altas horas da manhã, como treinador do Sport Lisboa e Benfica.
O HOMEM DA PISTOLA DOURADA
(Artur Jorge)
Artur Jorge (Braga) empata no último minuto na Luz e desencadeia uma reacção intempestiva do técnico. Ao terceiro jogo (0-1 no Bessa, 2-2 com Halmstad e 2-2 Braga), Mourinho ainda não ganhou. Na conferência de imprensa, aí é que são elas. "Pela sua personalidade ou cultura, há jogadores que não conseguem atingir os limites do esforço, da seriedade e da concentração dentro do campo. Com os meus métodos consegui-lo-ão. Não tenho nenhuma pistola apontada, apenas um dedo indicador a dizer: ''Tens de passar destes níveis de seriedade, concentração e esforço, para aqueles que pretendemos''."
RISCO IMEDIATO
(Manuel Vilarinho)
No seu primeiro dérbi de sempre, em 2000, o Benfica dá 3-0 ao campeão Sporting. A alegria da vitória inequívoca contrasta com a teimosia de alguns recém--chegados à Luz, como o presidente Vilarinho, que sucedeu a Vale e Azevedo. "Já tiveram tempo para saberem se gostam ou não do meu trabalho. Mais um ano de contrato ou vou-me embora porque já tenho outro clube." Vilarinho não renovou com Mourinho e este não lhe poupou críticas. Uma, duas, três... as vezes que fossem: "Vilarinho teve falta de confiança [...]Vilarinho não manda nada no Benfica [...] estivemos quatro semanas a ganhar e a ver pessoas da Direcção de Vilarinho tristes [...] a Direcção Vilarinho tem um sócio de empresário que está escondido para o grande público com fato de comentador [Fernando Seara] que me critica. Isso é corrupção moral."
MISSÃO ULTRA-SECRETA
(Manuel José)
A 14 de Abril de 2001, há uma reunião ultra-secreta entre João Bartolomeu, presidente da U. Leiria, e Mourinho. Os dois assinam contrato para a época seguinte sem que Manuel José, actual treinador dos leirienses, saiba dos intentos de um e do outro. "Se Mourinho pensa que o futebol é uma selva e que ele é o Tarzan, está enganado", reage aquele que acaba a época num meritório quinto lugar, à frente do Benfica, e até hoje a melhor classificação da U. Leiria na história da primeira divisão.
ALVO EM MOVIMENTO
(Sergio Markarián)
O árbitro italiano Messina apita para o fim do jogo e o treinador argentino do Panathinaikos dá asas à sua alegria. Salta, pula, esbraceja. Os gregos ganharam 1-0 nas Antas mas ainda falta a segunda mão. Por isso, Mourinho diz-lhe: "Não estejas aos saltos porque isto ainda não acabou." Em Atenas, bis de Derlei e 2-0 após prolongamento. A Taça UEFA está cada vez mais perto.
O MUNDO NÃO CHEGA
(Pedro Barbosa)
Em 2002/03, o FC Porto tinha ganho campeonato, Taça de Portugal e Taça UEFA. Em 2003/04, a equipa é campeã na primeira volta, vai à final da Taça e à da Champions. Mas isso não chega. Mourinho quer mais. O empate em Alvalade (1-1) deixa-o furioso, sobretudo porque o golo do Sporting resulta de um penálti inexistente sobre Liedson, na sequência de um inesperado lançamento lateral de Rui Jorge, quando alguns jogadores do FC Porto estão mais preocupados com o estado físico de João Vieira Pinto, às cambalhotas na linha lateral. "Não digas isso, Pedro. Sabes que estás a mentir e não te fica bem mentir", solta Mourinho ao capitão Pedro Barbosa, quando este falava para a televisão.
AO SERVIÇO DE SUA MAJESTADE
(Pinto da Costa)
Ainda e sempre o empate com o Sporting (1-1), em Alvalade. Mourinho está louco com o golo de penálti e faz um curioso pedido a Pinto da Costa. "Presidente, deixe-me ir embora no final da época! O futebol português não gosta de mim e quanto mais depressa sair, melhor!" Dito e feito. Quatro meses depois, Mourinho estava no Chelsea.
GOLDFINGER
(Steve Bennett)
Final da Taça da Liga inglesa, em 2005. O Liverpool entra a ganhar aos 45 segundos mas quem ri por último, Riise melhor. Aos 79'', o Chelsea empata com autogolo de Gerrard. É aí que Mourinho mete o dedo no meio da boca a mandar calar os adeptos do Liverpool, atrás do seu banco de suplentes. O árbitro Steve Benett expulsa-o e indica-lhe o caminho do balneário. É dele o dedo que mais conta.
CASINO ROYALE
(Johan Cruijff)
Os dias que se seguem à vitória na Taça da Liga inglesa merecem elogios de uns e reparos de outros. O holandês pertence ao último grupo. Eis o direito de resposta de Mou: "A melhor profissão do mundo é ser treinador despedido. Levanta-se às 10h30 da manhã, toma o pequeno-almoço, faz um jogging, seguido de uma sauna e de uma navegação na internet pelos sites de jornais desportivos. Um almoço com os amigos, uma sesta, um passeio, encontro com o empresário para saber do mercado, a visita ao banco para controlar os juros ou para saber se o ordenado que o clube continua a pagar foi creditado. No regresso a casa, dá-se o fantástico jantar em família. Pelo meio ainda há tempo para criticar quem não se conhece. Há tanto treinador a querer trabalhar sem poder e há artistas que, pela sua qualidade e prestígio, podem e não querem, pois a sua vida de parasita preenche-os profissional e economicamente. Vai trabalhar malandro! Se não queres, deixa os outros trabalhar em paz!"
AVENTURA NO ESPAÇO
(Ricardo Carvalho)
Início da época 2005/06. Mourinho não aposta na titularidade de Ricardo Carvalho, em detrimento de Gallas e Terry, e o central barafusta, achando-se no direito de dizer que devia jogar mais vezes. Bola cá, bola lá, catrapum, resposta de Mourinho: "Ricardo Carvalho deve ter algum problema de QI." Mas Ricky, como o trata, é eterno e acompanhou Mourinho em quase todas as aventuras (FC Porto e Chelsea). Faltou-lhe o Inter.
GOLDENEYE
(Frank Arnesen)
Goldeneye era uma arma secreta no primeiro filme de Pierce Brosnan. Na longa-metragem do Chelsea, o dinamarquês contratado ao Tottenham no Verão de 2006 foi uma persona non grata com o seu olho clínico para contratações. Boulahrouz foi mau até dizer chega.
OPERAÇÃO TENTÁCULO
(Bobby Robson)
Mourinho foi adjunto de Robson no Sporting, no FC Porto e no Barcelona. Depois, cada qual seguiu o seu caminho. Quando Mourinho treinava o Chelsea, o antigo treinador escrevia no "Times", onde criticou o exagero de Robben a uma chapada de Reina, guarda-redes do Liverpool. Atento, Mourinho reagiu: "Como a minha memória está óptima, recuo facilmente à época 1996/97, a um Deportivo-Barça, durante o qual houve um lance em que Ronaldo arrancou do meio-campo, driblou três ou quatro adversários e, já na área, teve um duelo corporal com um defesa galego. Há imagens televisivas engraçadíssimas, com a reacção do senhor Robson, na linha lateral, furioso com Ronaldo por este não ter optado pela simulação e assim conseguir o penálti. Que fique bem claro: não gosto de simulações nem de simuladores, não gosto de ganhar ou perder com erros arbitrais, mas também não gosto nada de conversas da carochinha."
ORDEM PARA MATAR
(Roman Abramovich)
É incrível o número de títulos com a palavra morte nos filmes de James Bond. O i baniu-os todos, menos este. Porque o título original é "Da Rússia com amor". Roman, o jovem sonhador com aquele ar campónio o-que-é-que-eu-estou-aqui--a-fazer, desinteressou-se pelo Chelsea a meio da época 2006/07 e deixou de visitar o balneário da equipa, enquanto o título de campeão inglês voava para o Manchester United. Sem amor à camisola, portanto!
O AGENTE IRRESISTÍVEL
(Andrei Shevchenko)
Com o título original "A espia que me amava". As mulheres sempre fizeram parte do puzzle James Bond e a espia de Andrei Shevchenko é quem manda na sua casa, segundo Mourinho. "Se ele levantar a voz, ele esconde-se debaixo da cama, com o rabo entre as pernas." Sheva foi uma contratação de Abramovich e um flop no Chelsea, embora tenha sido dele o último golo da era Mourinho (1-1 com Rosenborg).
DR. NO
(Jorge Valdano)
James Bond tinha de salvar o mundo das mãos de um misterioso cientista. O Dr. No é como Jorge Valdano: não entras no nosso balneário, não viajas connosco de avião, não me telefones mais, não envies SMS, não faças queixinhas ao presidente, não fales com os jogadores da minha equipa, não digas nada aos jornalistas sobre nós, não digas nada aos jornalistas sobre os nossos jogos, não...
OS DIAMANTES SÃO ETERNOS
(Marco Materazzi)
Madrid, 2010. O Inter vence o Bayern Munique por 2-0 e sagra-se campeão europeu, 46 anos depois. Nessa mesma época, já conquistara Taça de Itália e campeonato italiano. É o impensável mas sonhado treble. Com negociações marcadas com o Real Madrid para o dia seguinte, Mourinho não vai para Milão com os seus heróis e fica na capital espanhola. Mas há algo que o impede de sair nas calmas. O seu veículo pára, Mourinho sai e vai ter com Materazzi, o durão que chora compulsivamente a saída do técnico. Os dois unem-se num abraço registado pelas câmaras.
http://www1.ionline.pt/conteudo/116898-so-se-vive-duas-vezes-jose-mourinho-completa-hoje-500-jogos
imagem:
Vavel.com
http://www1.ionline.pt/conteudo/116898-so-se-vive-duas-vezes-jose-mourinho-completa-hoje-500-jogos
13/04/2011
José Mourinho já foi James Bond numa campanha publicitária e hoje volta a sê-lo para o i. Chegámos ao dia do Tottenham-Real Madrid (segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões), jogo que marca a 500.ª partida do português como treinador principal, depois de se ter iniciado no Benfica 2000/01, convencido a assinar contrato por Vale e Azevedo. Veja, a partir daí, algumas das missões do Especial, uma figura que gosta do futebol sempre agitado. Isto é, "shaken, not stirred"
OPERAÇÃO RELÂMPAGO
(Vale e Azevedo)
Jupp Heynckes ganha ao Estrela da Amadora mas vê lenços brancos. Com ordenados em atraso, o técnico alemão apresenta a demissão. Vale e Azevedo quer Toni mas a reunião com o técnico é inconclusiva. O presidente não espera pelo dia seguinte e informa Eládio Paramés, director de comunicação do Benfica, da necessidade de acelerar o assunto e é assim que Mourinho, de férias em Setúbal, é contactado. Renitente primeiro, convencido depois, o ex--adjunto de Bobby Robson e Van Gaal parte para Lisboa para uma reunião em casa de Álvaro Braga Júnior. Já de madrugada, Mourinho encontra-se com o presidente do Benfica, no escritório deste, para selar o acordo. A forte empatia entre presidente e técnico faz milagres e Mourinho regressa a casa, altas horas da manhã, como treinador do Sport Lisboa e Benfica.
O HOMEM DA PISTOLA DOURADA
(Artur Jorge)
Artur Jorge (Braga) empata no último minuto na Luz e desencadeia uma reacção intempestiva do técnico. Ao terceiro jogo (0-1 no Bessa, 2-2 com Halmstad e 2-2 Braga), Mourinho ainda não ganhou. Na conferência de imprensa, aí é que são elas. "Pela sua personalidade ou cultura, há jogadores que não conseguem atingir os limites do esforço, da seriedade e da concentração dentro do campo. Com os meus métodos consegui-lo-ão. Não tenho nenhuma pistola apontada, apenas um dedo indicador a dizer: ''Tens de passar destes níveis de seriedade, concentração e esforço, para aqueles que pretendemos''."
RISCO IMEDIATO
(Manuel Vilarinho)
No seu primeiro dérbi de sempre, em 2000, o Benfica dá 3-0 ao campeão Sporting. A alegria da vitória inequívoca contrasta com a teimosia de alguns recém--chegados à Luz, como o presidente Vilarinho, que sucedeu a Vale e Azevedo. "Já tiveram tempo para saberem se gostam ou não do meu trabalho. Mais um ano de contrato ou vou-me embora porque já tenho outro clube." Vilarinho não renovou com Mourinho e este não lhe poupou críticas. Uma, duas, três... as vezes que fossem: "Vilarinho teve falta de confiança [...]Vilarinho não manda nada no Benfica [...] estivemos quatro semanas a ganhar e a ver pessoas da Direcção de Vilarinho tristes [...] a Direcção Vilarinho tem um sócio de empresário que está escondido para o grande público com fato de comentador [Fernando Seara] que me critica. Isso é corrupção moral."
MISSÃO ULTRA-SECRETA
(Manuel José)
A 14 de Abril de 2001, há uma reunião ultra-secreta entre João Bartolomeu, presidente da U. Leiria, e Mourinho. Os dois assinam contrato para a época seguinte sem que Manuel José, actual treinador dos leirienses, saiba dos intentos de um e do outro. "Se Mourinho pensa que o futebol é uma selva e que ele é o Tarzan, está enganado", reage aquele que acaba a época num meritório quinto lugar, à frente do Benfica, e até hoje a melhor classificação da U. Leiria na história da primeira divisão.
ALVO EM MOVIMENTO
(Sergio Markarián)
O árbitro italiano Messina apita para o fim do jogo e o treinador argentino do Panathinaikos dá asas à sua alegria. Salta, pula, esbraceja. Os gregos ganharam 1-0 nas Antas mas ainda falta a segunda mão. Por isso, Mourinho diz-lhe: "Não estejas aos saltos porque isto ainda não acabou." Em Atenas, bis de Derlei e 2-0 após prolongamento. A Taça UEFA está cada vez mais perto.
O MUNDO NÃO CHEGA
(Pedro Barbosa)
Em 2002/03, o FC Porto tinha ganho campeonato, Taça de Portugal e Taça UEFA. Em 2003/04, a equipa é campeã na primeira volta, vai à final da Taça e à da Champions. Mas isso não chega. Mourinho quer mais. O empate em Alvalade (1-1) deixa-o furioso, sobretudo porque o golo do Sporting resulta de um penálti inexistente sobre Liedson, na sequência de um inesperado lançamento lateral de Rui Jorge, quando alguns jogadores do FC Porto estão mais preocupados com o estado físico de João Vieira Pinto, às cambalhotas na linha lateral. "Não digas isso, Pedro. Sabes que estás a mentir e não te fica bem mentir", solta Mourinho ao capitão Pedro Barbosa, quando este falava para a televisão.
AO SERVIÇO DE SUA MAJESTADE
(Pinto da Costa)
Ainda e sempre o empate com o Sporting (1-1), em Alvalade. Mourinho está louco com o golo de penálti e faz um curioso pedido a Pinto da Costa. "Presidente, deixe-me ir embora no final da época! O futebol português não gosta de mim e quanto mais depressa sair, melhor!" Dito e feito. Quatro meses depois, Mourinho estava no Chelsea.
GOLDFINGER
(Steve Bennett)
Final da Taça da Liga inglesa, em 2005. O Liverpool entra a ganhar aos 45 segundos mas quem ri por último, Riise melhor. Aos 79'', o Chelsea empata com autogolo de Gerrard. É aí que Mourinho mete o dedo no meio da boca a mandar calar os adeptos do Liverpool, atrás do seu banco de suplentes. O árbitro Steve Benett expulsa-o e indica-lhe o caminho do balneário. É dele o dedo que mais conta.
CASINO ROYALE
(Johan Cruijff)
Os dias que se seguem à vitória na Taça da Liga inglesa merecem elogios de uns e reparos de outros. O holandês pertence ao último grupo. Eis o direito de resposta de Mou: "A melhor profissão do mundo é ser treinador despedido. Levanta-se às 10h30 da manhã, toma o pequeno-almoço, faz um jogging, seguido de uma sauna e de uma navegação na internet pelos sites de jornais desportivos. Um almoço com os amigos, uma sesta, um passeio, encontro com o empresário para saber do mercado, a visita ao banco para controlar os juros ou para saber se o ordenado que o clube continua a pagar foi creditado. No regresso a casa, dá-se o fantástico jantar em família. Pelo meio ainda há tempo para criticar quem não se conhece. Há tanto treinador a querer trabalhar sem poder e há artistas que, pela sua qualidade e prestígio, podem e não querem, pois a sua vida de parasita preenche-os profissional e economicamente. Vai trabalhar malandro! Se não queres, deixa os outros trabalhar em paz!"
AVENTURA NO ESPAÇO
(Ricardo Carvalho)
Início da época 2005/06. Mourinho não aposta na titularidade de Ricardo Carvalho, em detrimento de Gallas e Terry, e o central barafusta, achando-se no direito de dizer que devia jogar mais vezes. Bola cá, bola lá, catrapum, resposta de Mourinho: "Ricardo Carvalho deve ter algum problema de QI." Mas Ricky, como o trata, é eterno e acompanhou Mourinho em quase todas as aventuras (FC Porto e Chelsea). Faltou-lhe o Inter.
GOLDENEYE
(Frank Arnesen)
Goldeneye era uma arma secreta no primeiro filme de Pierce Brosnan. Na longa-metragem do Chelsea, o dinamarquês contratado ao Tottenham no Verão de 2006 foi uma persona non grata com o seu olho clínico para contratações. Boulahrouz foi mau até dizer chega.
OPERAÇÃO TENTÁCULO
(Bobby Robson)
Mourinho foi adjunto de Robson no Sporting, no FC Porto e no Barcelona. Depois, cada qual seguiu o seu caminho. Quando Mourinho treinava o Chelsea, o antigo treinador escrevia no "Times", onde criticou o exagero de Robben a uma chapada de Reina, guarda-redes do Liverpool. Atento, Mourinho reagiu: "Como a minha memória está óptima, recuo facilmente à época 1996/97, a um Deportivo-Barça, durante o qual houve um lance em que Ronaldo arrancou do meio-campo, driblou três ou quatro adversários e, já na área, teve um duelo corporal com um defesa galego. Há imagens televisivas engraçadíssimas, com a reacção do senhor Robson, na linha lateral, furioso com Ronaldo por este não ter optado pela simulação e assim conseguir o penálti. Que fique bem claro: não gosto de simulações nem de simuladores, não gosto de ganhar ou perder com erros arbitrais, mas também não gosto nada de conversas da carochinha."
ORDEM PARA MATAR
(Roman Abramovich)
É incrível o número de títulos com a palavra morte nos filmes de James Bond. O i baniu-os todos, menos este. Porque o título original é "Da Rússia com amor". Roman, o jovem sonhador com aquele ar campónio o-que-é-que-eu-estou-aqui--a-fazer, desinteressou-se pelo Chelsea a meio da época 2006/07 e deixou de visitar o balneário da equipa, enquanto o título de campeão inglês voava para o Manchester United. Sem amor à camisola, portanto!
O AGENTE IRRESISTÍVEL
(Andrei Shevchenko)
Com o título original "A espia que me amava". As mulheres sempre fizeram parte do puzzle James Bond e a espia de Andrei Shevchenko é quem manda na sua casa, segundo Mourinho. "Se ele levantar a voz, ele esconde-se debaixo da cama, com o rabo entre as pernas." Sheva foi uma contratação de Abramovich e um flop no Chelsea, embora tenha sido dele o último golo da era Mourinho (1-1 com Rosenborg).
DR. NO
(Jorge Valdano)
James Bond tinha de salvar o mundo das mãos de um misterioso cientista. O Dr. No é como Jorge Valdano: não entras no nosso balneário, não viajas connosco de avião, não me telefones mais, não envies SMS, não faças queixinhas ao presidente, não fales com os jogadores da minha equipa, não digas nada aos jornalistas sobre nós, não digas nada aos jornalistas sobre os nossos jogos, não...
OS DIAMANTES SÃO ETERNOS
(Marco Materazzi)
Madrid, 2010. O Inter vence o Bayern Munique por 2-0 e sagra-se campeão europeu, 46 anos depois. Nessa mesma época, já conquistara Taça de Itália e campeonato italiano. É o impensável mas sonhado treble. Com negociações marcadas com o Real Madrid para o dia seguinte, Mourinho não vai para Milão com os seus heróis e fica na capital espanhola. Mas há algo que o impede de sair nas calmas. O seu veículo pára, Mourinho sai e vai ter com Materazzi, o durão que chora compulsivamente a saída do técnico. Os dois unem-se num abraço registado pelas câmaras.
http://www1.ionline.pt/conteudo/116898-so-se-vive-duas-vezes-jose-mourinho-completa-hoje-500-jogos
imagem:
Vavel.com
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
O meu nome é Bond...José Bond
La escena comienza cuando 'Mou' se encuentra hablando por telefono en un avión y de pronto recibe una llamada importante, entonces como no tiene tiempo para esperar que el aeroplano aterrize decide lanzarse en paracaidas mismo película de acción.
Cabe mencionar que aparte del comercial del agente secreto, Mourinho se ha prestado para otras publicidades como las de una conocida marca de automoviles o simplemente en acciones de la bolsa de valores en el Reino Unido.
DB/NetJoven, 20/04/2012
Chelsea reforçou as funções de José Mourinho. Além de treinador, é agora também o agente especial ao serviço do clube londrino. ‘Meu nome é Bond...José Bond’ será, provavelmente, a mensagem. A última faceta do técnico sadino pode ser vista no novo anúncio da Samsung, que a Sky, cadeia de TV britânica, começou a transmitir domingo e que em Portugal poderá ser visto a partir do dia 27.
Na maior campanha publicitária daquela marca, um agente secreto filma um jogador que mostra os seus dotes com a bola, em cima de um telhado londrino, até ao momento em que é surpreendido pelos seguranças. É então que começa uma verdadeira caça ao homem nos topos dos prédios. O agente enfrenta a fúria de cães rottweilers e até uma perigosa perseguição de carros, mas consegue chegar são e salvo à sala da administração do Chelsea, em Stamford Bridge.
A identidade de Mourinho só é desvendada no final do anúncio, quando tira o seu famoso casaco preto e usa o telemóvel para mostrar aos directores o jogador que quer para reforçar o plantel do clube.
A campanha, complementada em jornais, revistas e ‘outdoors’, custou à Samsung um milhão de libras – perto de 1,5 milhões de euros –, incluindo o ‘cachet’ do treinador.
Segundo Mark Mitchinson, administrador da marca em Inglaterra, “Mourinho actua como um agente secreto, o que o torna muito ‘cool’”.
O ‘mister’ do Chelsea, que chegou a apresentar-se aos fãs do clube como sendo especial, é agora um agente secreto.
Em Portugal, o anúncio da Samsung promoverá o Z500 (o 3G mais pequeno do Mundo e que já se encontra à venda no nosso país), ao contrário do que sucede em Inglaterra e países nórdicos, onde o treinador publicita o D600.
TERCEIRO TRABALHO
Este é o terceiro anúncio protagonizado pelo treinador do momento. José Mourinho estreou-se, na publicidade, com a campanha da Master Card, que teve como realizador Martin Scorsese. Seguiu-se, posteriormente, em Portugal, uma campanha para o BPI.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/tv--media/o-meu-nome-e-bondjose-bond, 04/10/2005
Portanto, no desporto ou nos negócios, Mourinho é uma referência mundial seja no plano estrito da liderança seja no campo comunicacional mais vasto.
The million dollar question: a que se deve este impacto comunicacional? Apenas aos resultados conseguidos nos jogos de futebol? Parece-nos que a resposta terá de ser dada pela negativa. Tanto mais que se nos afigura pacifico que José Mourinho não é apenas visto como um treinador de futebol de sucesso. Eventualmente, será assim no “mundo do futebol” mas fora dele profissionais de todo o mundo têm os olhos postos nos seus modelos de interacção, de gestão e de liderança, o que o torna, também, um gestor e um líder de sucesso. Deste modo, Mourinho, é objecto de estudo e de apetência pelas empresas de marketing e publicidade e a sua imagem é utilizada não apenas como um treinador de sucesso mas como um “homem de sucesso”. Nos spots publicitários da American Express realça-se a segurança e a determinação do profissional, bem como a sua capacidade de
antecipação; na campanha publicitária da Samsung compara-se José Mourinho ao famoso agente secreto James Bond – 007, sugerindo vertentes comuns no carácter de ambos: homens destemidos, arrojados e decididos.
Tese Luis Lorenço :: Liderança Mourinho
O pára-quedas de Mourinho
Dois ícones do "Portugal de sucesso", José Mourinho e José Berardo, que ascenderam ao estrelato da publicidade bancária nas televisões, posam em dois anúncios particularmente sugestivos. Um sorridente Berardo substitui a iconografia de reis e navegadores, sentado num cadeirão dourado (dir-se-ia um trono), à beira de um promontório que se abre para a imensidão do mar. Já Mourinho, atitude super cool de James Bond, mergulha de uma avioneta, plana no espaço, abre o pára-quedas e aterra, imperturbável, sobre o terraço de uma luxuosa vivenda com piscina.
Eis o imaginário de sonho que se vende ao país com as famílias mais endividadas da Europa mas onde os bancos registaram, no último exercício, um aumento de 30% dos seus lucros. Logo por acaso, segundo notícia de anteontem, os bancos tiveram outras razões para sorrir: as Finanças acabam de perdoar-lhes os impostos devidos aos depósitos colocados em paraísos fiscais. Mas, em bom rigor, não se tratou formalmente de um "perdão", esclarece a administração fiscal. Tudo se deveu a uma distracção e uma falha da lei que apenas no próximo ano serão corrigidas. Os pára-quedas de Mourinho e da banca não estão propriamente acessíveis ao comum dos contribuintes.
Vicente Jorge Silva, DN, 25 outubro 2006
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
FBD
"De um crescente dourado" mostra outro tipo de fascínio, este pelo islamismo.
Fala sobre Pêro da Covilhã, um homem que atravessa rotas perigosíssimas e que é um espião. Sempre lhe chamei o James Bond de D. João II. Truculento, ao que parece muito bem preparado fisicamente, teve que se identificar como árabe para descobrir as rotas secretas do comércio. Por isso inicia-se no islamismo e, segundo o Conde de Ficalho, sem nunca ter perdido a fé cristã. A minha tese é diferente: ele absorveu de tal maneira essa nova personalidade que acabou por converter-se ao islamismo de uma forma sincera, tanto que nunca mais voltou a Portugal. O padre Francisco Álvares encontrou-o anos depois na Etiópia, já com muito filho e muita mulher à volta.
Entrevista de Fausto Bordalo Dias, Público, 25/11/2011
Fala sobre Pêro da Covilhã, um homem que atravessa rotas perigosíssimas e que é um espião. Sempre lhe chamei o James Bond de D. João II. Truculento, ao que parece muito bem preparado fisicamente, teve que se identificar como árabe para descobrir as rotas secretas do comércio. Por isso inicia-se no islamismo e, segundo o Conde de Ficalho, sem nunca ter perdido a fé cristã. A minha tese é diferente: ele absorveu de tal maneira essa nova personalidade que acabou por converter-se ao islamismo de uma forma sincera, tanto que nunca mais voltou a Portugal. O padre Francisco Álvares encontrou-o anos depois na Etiópia, já com muito filho e muita mulher à volta.
Entrevista de Fausto Bordalo Dias, Público, 25/11/2011
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
008 - Licença para Roubar
Comentários ao Artigo
Rocha Vieira indisponível - Expresso Online
21/1/2000
Eis alguns títulos que me vêm à mente para as minhas próximas produções cinematográficas:
«008 - Licença para Roubar»;
«Rocha Jones e os Salteadores da Fundação Perdida»;
«Lola de Neve e os Sete Rufiões».
PS: para esclarecimentos sobre os guiões, é favor contactar a Fundação Jorge Álvares.
-- Manuel de Oliveira
Rocha Vieira indisponível - Expresso Online
21/1/2000
Eis alguns títulos que me vêm à mente para as minhas próximas produções cinematográficas:
«008 - Licença para Roubar»;
«Rocha Jones e os Salteadores da Fundação Perdida»;
«Lola de Neve e os Sete Rufiões».
PS: para esclarecimentos sobre os guiões, é favor contactar a Fundação Jorge Álvares.
-- Manuel de Oliveira
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Peregrinação
What do secret agent 007 and football player Luís Figo have in common with a book written in the 16th century? Nothing at all until Portuguese newspaper ‘Expresso’ decided to invite architect Carlos Marreiros to illustrate Peregrinação, a text in which Portuguese adventurer Fernão Mendes Pinto (1509–1583) tells the story of his journey to the Far East.
This is where James Bond, the secret agent created by Ian Fleming, comes in, hopefully bringing with him “Japanese with laptops and Portuguese with records by Fado singer Amália Rodrigues”. As Marreiros says, “Fernão Mendes Pinto was a prisoner, who was sold I don’t know how many times as a slave. There’s a scene (in the book) in which he says ‘they preferred a mound of dates to me’, referring to his captors. He was an ambassador; he was a Jesuit. On top of all this, he was a spy. This is my interpretation. He provided geographic information and military information etc... So he was clearly a bit of an 007!” Marreiros laughs as he looks at a drawing of Mendes Pinto dressed as James Bond.
Hélder Beja / Macao Magazine
quarta-feira, 18 de julho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
008 - Ordem Para Beliscar
008 - Ordem Para Beliscar
Editores Mário Assunção e José Martins Ramos
Livro de humor
Década de 1970
128 p. : il. ; 16 cm BNP
imagem leiloes.net 13/02/2013
Editores Mário Assunção e José Martins Ramos
Livro de humor
Década de 1970
128 p. : il. ; 16 cm BNP
imagem leiloes.net 13/02/2013
sábado, 9 de junho de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
James Bondsky
Das muitas vezes que estive em Londres, a maior parte foi em passeio, algumas de passagem para outros destinos e umas 10 ao serviço da Ciesa-NCK para o nosso cliente ICI. A sede ficava em Londres, mas o departamento das fibras, mais concretamente do Terylene, era em Harrogate, uma pequena cidade balnear no nordeste da Inglaterra. As minhas reuniões com a ICI – nossas quando o Artur Portela Filho começou também a acompanhar-me – faziam-se quase sempre em Londres, mas houve duas ou três que foram em Harrogate, para onde íamos e regressávamos de avião, desde o aeroporto de Heathrow até ao de Bradford-Leeds, a pouco mais de 20 quilómetros dos escritórios da ICI, que mandava um carro buscar-nos.
De uma das vezes em que fui – ao tempo, o Artur Portela Filho ainda ficava em Lisboa – o regresso a Londres fez-se de comboio porque o mau tempo desaconselhava que viéssemos de avião. Comigo vinha o Ronald Moore, o nosso contacto na ICI, e um outro alto funcionário da empresa, rapaz ainda novo, muito simpático e de longe mais conversador do que o seu colega. Chamava-se também Moore (Peter), e ouvi dele esta história, que considero engraçadíssima e que passo a contar.
Foi no tempo em que começaram a aparecer as aventuras do James Bond que o Ian Fleming escrevia à média de duas por ano. Recordo-me de ter comprado o primeiro livro, talvez o “Dr. No”, em pocket book e, a partir daí, nunca voltava de Londres sem trazer os James Bond que, entretanto, tivessem sido publicados. Em jeito de parêntese, direi que cada um me custava, em dinheiro português da época, 10 escudos e, hoje, essas edições são consideradas de coleccionador e valem 50 contos cada uma. E fecha o parêntese para entrar a tal história que o meu parceiro de viagem contou, enquanto saboreávamos, no restaurante do comboio, uma excelente sole de Dover, com as clássicas Brussel sprouts e as insípidas batatas cozidas que os Ingleses nunca dispensam.
A certa altura do jantar, veio à baila o James Bond e o Peter começou-se a rir e disse para o Ronald Moore que espetava cuidadosamente uma couve-de-bruxelas:
- Ronald, você lembra-se do Mark? - Depois, desta vez para mim – É um colega nosso que trabalha no marketing, em Londres…
Sentei-me melhor na cadeira do restaurante e preparei-me para o ouvir. E ele, dando um gole no Leroy Bourgogne Blanc:
- Um dia, o Mark foi mandado a Moscovo para estudar as possibilidades de, com o Governo soviético, ou sem qualquer parceria, o Terylene se implantar na União Soviética e, a partir daí, nos países da Cortina de Ferro.
Fez uma pausa, acendeu um Dunhill e continuou:
- Ao aterrar no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscovo, passou a alfândega e o controlo de passaportes e, já na rua, meteu-se num táxi e, ao motorista, mostrou um cartão, em que, em caracteres cirílicos, estava escrito o nome do hotel onde a companhia lhe reservara quarto. O outro acenou com a cabeça, disse da, da e arrancou. Vinte minutos mais tarde, estava a deixá-lo em frente ao Batschug Kempinsky, um imponente edifício de muitos andares e que ocupava todo um quarteirão, em frente ao Kremlin. Pagou o que o condutor lhe apontava no taxímetro, esperou que lhe fosse entregue a mala e entrou na Recepção, ainda mais magnificente do que a fachada do hotel.
O meu companheiro de viagem interrompeu o que estava a dizer e olhou-me:
- Espero não estar a maçá-lo com a história do Mark…
- De maneira nenhuma!... – atalhei, realmente interessado e sem qualquer lisonja – Estou a ouvi-lo com a maior atenção e muito gosto…
Agradeceu e prosseguiu:
- O empregado do balcão entregou-lhe a chave do quarto 503 e, carregando ele próprio a mala, entrou num dos vários elevadores do rés-do-chão e subiu ao 5º andar. O quarto era logo um dos primeiros à sua esquerda e, quando abriu a porta, viu-se num grande salão cheio de espelhos com molduras douradas, no centro do qual havia uma cama de dossel, com largura suficiente para quatro pessoas. Do tecto, pendia um candelabro de muitas lâmpadas e vidrilhos e, nas paredes, abriam-se guarda-roupas que iam do chão até ao tecto, cada um deles ladeando cómodas pesadas e antigas que deviam estar ali desde o tempo dos czares. À esquerda da espaçosa cama havia uma porta que abriu. Dava para um quarto de banho, todo em mármore e cristal, com uma banheira sem chuveiro onde, pelo tamanho, quase cabia o Couraçado Potemkine.
O Peter fez uma pausa e acendeu outro cigarro:
- Terminada a inspecção, voltou ao quarto e, pondo a mala sobre a cama, abriu-a e começou a guardar as camisas, os fatos e outros artigos de vestuário nos guarda-roupas e nas gavetas de uma das cómodas. Da mala tirou o último livro do James Bond, que trouxera para ler antes de dormir e, ao pousá-lo na mesinha de cabeceira, lembrou-se de que estava em Moscovo e de que era estrangeiro. Descalçou-se e, pé ante pé, com os passos protegidos pela espessura do tapete que cobria todo o chão, percorreu todos os cantos, espreitando nichos e espaços onde pudesse haver microfones ou câmaras ocultas de televisão que o estivessem a filmar e a enviar as suas imagens para a KGB. Nada! Ou estavam muito bem escondidas ou não havia nada. Mas o Mark não acreditava que assim fosse…
O outro Moore, o Ronald, que já devia conhecer a história, interrompeu o homónimo:
- Sorry, old chap…Algum de vocês quer outro café?
Eu não quis, o Peter disse yes please e continuou, comigo cada vez mais interessado:
- E tanto não era que, ao dar nova olhada em volta, viu que o candelabro tinha, na parte de baixo, no sítio onde os vidrilhos e as lâmpadas vinham confluir, um botão, de metal prateado. Acenou a cabeça num silêncio sorridente e, encaminhando-se até uma mesa redonda que havia num dos cantos do quarto, levantou um pesado cadeirão e, sempre sem fazer ruído, trouxe-o aos poucos até ao centro do aposento, pousando-o mesmo por baixo do candelabro. Depois, subindo para o cadeirão, levantou os braços e, segurando o candelabro com a mão esquerda, para evitar que baloiçasse, começou, com a mão direita, a desatarrachar, lentamente, o botão prateado…
Aí o Peter calou-se e tomou o último gole do café já quase frio. Vi-o calado e não aguentei:
- Yes, Peter… And then?...
Sorriram, os dois Moore, à minha ansiedade. E o Peter, depois:
- Quando acabou de desatarrachar o botão, o candelabro caiu-lhe em cima e a ICI, para além de o pagar, teve de pedir ao embaixador da Grã-Bretanha em Moscovo que apresentasse desculpas ao Governo soviético…
(Texto de Álvaro Magalhães dos Santos alvasantos@netcabo.pt)
http://www.truca.pt/historias_materail/historias10.html
De uma das vezes em que fui – ao tempo, o Artur Portela Filho ainda ficava em Lisboa – o regresso a Londres fez-se de comboio porque o mau tempo desaconselhava que viéssemos de avião. Comigo vinha o Ronald Moore, o nosso contacto na ICI, e um outro alto funcionário da empresa, rapaz ainda novo, muito simpático e de longe mais conversador do que o seu colega. Chamava-se também Moore (Peter), e ouvi dele esta história, que considero engraçadíssima e que passo a contar.
Foi no tempo em que começaram a aparecer as aventuras do James Bond que o Ian Fleming escrevia à média de duas por ano. Recordo-me de ter comprado o primeiro livro, talvez o “Dr. No”, em pocket book e, a partir daí, nunca voltava de Londres sem trazer os James Bond que, entretanto, tivessem sido publicados. Em jeito de parêntese, direi que cada um me custava, em dinheiro português da época, 10 escudos e, hoje, essas edições são consideradas de coleccionador e valem 50 contos cada uma. E fecha o parêntese para entrar a tal história que o meu parceiro de viagem contou, enquanto saboreávamos, no restaurante do comboio, uma excelente sole de Dover, com as clássicas Brussel sprouts e as insípidas batatas cozidas que os Ingleses nunca dispensam.
A certa altura do jantar, veio à baila o James Bond e o Peter começou-se a rir e disse para o Ronald Moore que espetava cuidadosamente uma couve-de-bruxelas:
- Ronald, você lembra-se do Mark? - Depois, desta vez para mim – É um colega nosso que trabalha no marketing, em Londres…
Sentei-me melhor na cadeira do restaurante e preparei-me para o ouvir. E ele, dando um gole no Leroy Bourgogne Blanc:
- Um dia, o Mark foi mandado a Moscovo para estudar as possibilidades de, com o Governo soviético, ou sem qualquer parceria, o Terylene se implantar na União Soviética e, a partir daí, nos países da Cortina de Ferro.
Fez uma pausa, acendeu um Dunhill e continuou:
- Ao aterrar no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscovo, passou a alfândega e o controlo de passaportes e, já na rua, meteu-se num táxi e, ao motorista, mostrou um cartão, em que, em caracteres cirílicos, estava escrito o nome do hotel onde a companhia lhe reservara quarto. O outro acenou com a cabeça, disse da, da e arrancou. Vinte minutos mais tarde, estava a deixá-lo em frente ao Batschug Kempinsky, um imponente edifício de muitos andares e que ocupava todo um quarteirão, em frente ao Kremlin. Pagou o que o condutor lhe apontava no taxímetro, esperou que lhe fosse entregue a mala e entrou na Recepção, ainda mais magnificente do que a fachada do hotel.
O meu companheiro de viagem interrompeu o que estava a dizer e olhou-me:
- Espero não estar a maçá-lo com a história do Mark…
- De maneira nenhuma!... – atalhei, realmente interessado e sem qualquer lisonja – Estou a ouvi-lo com a maior atenção e muito gosto…
Agradeceu e prosseguiu:
- O empregado do balcão entregou-lhe a chave do quarto 503 e, carregando ele próprio a mala, entrou num dos vários elevadores do rés-do-chão e subiu ao 5º andar. O quarto era logo um dos primeiros à sua esquerda e, quando abriu a porta, viu-se num grande salão cheio de espelhos com molduras douradas, no centro do qual havia uma cama de dossel, com largura suficiente para quatro pessoas. Do tecto, pendia um candelabro de muitas lâmpadas e vidrilhos e, nas paredes, abriam-se guarda-roupas que iam do chão até ao tecto, cada um deles ladeando cómodas pesadas e antigas que deviam estar ali desde o tempo dos czares. À esquerda da espaçosa cama havia uma porta que abriu. Dava para um quarto de banho, todo em mármore e cristal, com uma banheira sem chuveiro onde, pelo tamanho, quase cabia o Couraçado Potemkine.
O Peter fez uma pausa e acendeu outro cigarro:
- Terminada a inspecção, voltou ao quarto e, pondo a mala sobre a cama, abriu-a e começou a guardar as camisas, os fatos e outros artigos de vestuário nos guarda-roupas e nas gavetas de uma das cómodas. Da mala tirou o último livro do James Bond, que trouxera para ler antes de dormir e, ao pousá-lo na mesinha de cabeceira, lembrou-se de que estava em Moscovo e de que era estrangeiro. Descalçou-se e, pé ante pé, com os passos protegidos pela espessura do tapete que cobria todo o chão, percorreu todos os cantos, espreitando nichos e espaços onde pudesse haver microfones ou câmaras ocultas de televisão que o estivessem a filmar e a enviar as suas imagens para a KGB. Nada! Ou estavam muito bem escondidas ou não havia nada. Mas o Mark não acreditava que assim fosse…
O outro Moore, o Ronald, que já devia conhecer a história, interrompeu o homónimo:
- Sorry, old chap…Algum de vocês quer outro café?
Eu não quis, o Peter disse yes please e continuou, comigo cada vez mais interessado:
- E tanto não era que, ao dar nova olhada em volta, viu que o candelabro tinha, na parte de baixo, no sítio onde os vidrilhos e as lâmpadas vinham confluir, um botão, de metal prateado. Acenou a cabeça num silêncio sorridente e, encaminhando-se até uma mesa redonda que havia num dos cantos do quarto, levantou um pesado cadeirão e, sempre sem fazer ruído, trouxe-o aos poucos até ao centro do aposento, pousando-o mesmo por baixo do candelabro. Depois, subindo para o cadeirão, levantou os braços e, segurando o candelabro com a mão esquerda, para evitar que baloiçasse, começou, com a mão direita, a desatarrachar, lentamente, o botão prateado…
Aí o Peter calou-se e tomou o último gole do café já quase frio. Vi-o calado e não aguentei:
- Yes, Peter… And then?...
Sorriram, os dois Moore, à minha ansiedade. E o Peter, depois:
- Quando acabou de desatarrachar o botão, o candelabro caiu-lhe em cima e a ICI, para além de o pagar, teve de pedir ao embaixador da Grã-Bretanha em Moscovo que apresentasse desculpas ao Governo soviético…
(Texto de Álvaro Magalhães dos Santos alvasantos@netcabo.pt)
http://www.truca.pt/historias_materail/historias10.html
quinta-feira, 10 de maio de 2012
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Ordem para marcar
Cardozo, 007 do Benfica
ORDEM PARA MARCAR
Cardozo, 007 do Benfica» é o destaque da edição de 22/03/2012 do jornal «A Bola», que salienta «Número da camisola é também o número de golos que já fez aos dragões».
Futebol365.pt
ORDEM PARA MARCAR
Cardozo, 007 do Benfica» é o destaque da edição de 22/03/2012 do jornal «A Bola», que salienta «Número da camisola é também o número de golos que já fez aos dragões».
Futebol365.pt
terça-feira, 10 de abril de 2012
Concurso Sardinhas 2012
Três propostas do "Concurso Sardinhas Festas de Lisboa'12" já foram escolhidas. A 4ª proposta vencedora será escolhida por votação dos fãs da página de Facebook das Festas de Lisboa, até ao dia 16 de Abril, e terá um prémio de 500€. A 224 tem referências ao universo de James Bond.
terça-feira, 27 de março de 2012
Alvo Em Movimento
Herman José, John Glen (o realizador) e duas actrizes do filme "A View To A Kill".
Facebook de António João Neves-Press
terça-feira, 20 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
Fitas do Herman
livro "Ao Serviço de Sua Majestade" - Herman José
Fitas do Herman
James Bond 007
Texto Nuno Markl imagem João Fazenda
VOZ A MGHerman orgulha–se de apresentar o novo filme de uma das mais célebres sagas da História do Cinema - 007, James Bond. O agente... com ordem para matar!
(TEMA DO 007; NÃO ESQUECER O TIRO)
VOZ - A PRIMEIRA AVENTURA DE JAMES BOND COM RELATO DO CONHECIDO JORNALISTA GABRIEL ALVES.
GABRIEL ALVES - (EFEITOS SONOROS A ACOMPANHAR) Senhores espectadores, boa noite. E é uma grande noite, esta - uma noite de espectáculo que se espera emotiva. Estamos no pré–genérico. Aí está. 007. Bond. James Bond é o seu nome. 40 anos. 18 internacionalizações. 007. Entra numa base russa. Soldados. Bond. Soldado russo. Bond. Saca da arma. Eeeeee! Muito bem, Bond. 007. Mais um soldado russo. Perfeito gesto técnico. Repare. Eeeeee! Sem dúvida, a força da técnica contra a técnica da força. 007. Avião. 007 em queda livre. Avião. 007. Perfeita geometria. E aí está, senhoras e senhores, entramos em período de genérico.
(COMEÇA A TOCAR "GOLDFINGER")
GABRIEL ALVES - E aí está o genérico em curso. Senhoras nuas. Sombras. Pistola avançando em perfeita geometria. Repare. Senhoras nuas. Sombras. Senhora nua entra ela esquerda, eeeeee! Perfeito. Boa postura competitiva. Pela q etitiva
p competitiva
Cores. Sombras. Senhora nua. Golpe de pernas excelente. Perfeito. E é o final do genérico.
VOZ - Veja 007 como nunca viu antes! Vibre ainda mais com os comentários do mais credenciado e amado comentador - Gabriel Alves.
GABRIEL ALVES - Assim sim; senhoras e senhores telespectadores. Assim vale a pena - temos espectáculo. Repare: Bond. Natasha. Natasha. Bond segura. Natasha abre a perna. Bond. Eeeeeee! O espectáculo em cinema.
VOZ - As sequências de acção tornam–se ainda mais emotivas!
GABRIEL ALVES - Agente russo em excelente forma. Bond pela direita. Bom. Espião inimigo. Boa precisão. Geometria. Repare. (EXPLOSÃO) Mais uma vez a excelência. É bonito. Marcação cerrada de mais quatro russos. CIA pela esquerda. Arma. Bond segura a Walther PPK. Dispara. Eeeeee... Bom!
VOZ - A MGHerman apresenta - o relançamento dos filmes de 007 James Bond. Agora com os relatos de Gabriel Alves!
GABRIEL ALVES - Pode dizer–se que James Bond esteve bem - boa cumplicidade com os elementos femininos - ousadia desenvoltura e correcção. Do lado russo, boa técnica - no entanto, falta de poder de concretização. Explosões de grande precisão. Perseguições automóveis singulares -expressividade. Ao intervalo, expectativa. Falta de desportivismo no abate de inocentes. No seu todo, um bom filme.
VOZ - Mais um exclusivo MGHerman.
GABRIEL ALVES - Já excedemos o tempo, mas agora sim, aí está - o genérico final dá por terminado o derby. Letras subindo de baixo para cima. Música segue, com segurança. Aí está. Bom, bom. Écran negro. A massa associativa começa agora a abandonar a sala. Correcção. Algumas embalagens de pipocas pelo solo. Nada turvou no entanto o espectáculo. Daqui é tudo, muito boa noite.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Eurobond
Já me aconteceu tantas vezes ver desenhos semelhantes aos meus ! Já discuti isso com outros colegas, há ideias que são paradigmas, e portanto óbvias, às vezes é impossível ser-se original.
O mote até me foi dado pelo texto do Expresso que acompanha o cartoon, e que acaba assim : "Para terminar, espero bem que depois de um "bond" que tinha licença para matar, se encontre o caminho para estes, um dia, poderem nascer."
O valor acrescentado da minha ideia é apenas o desenho da linha "disparada" pelo Bond.
Cristina Sampaio
Cartoons do Ano 2011 de António, André Carrilho, Augusto Cid, Cristina, Gonçalves, Maia, Henrique Monteiro e Gonçalo Viana
http://humorgrafe.blogspot.com/
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Notas do Casino Estoril
"007, Ordem para Jogar" foi o nome de um espectáculo do Casino Estoril que era protagonizado por Victor Espadinha. Na estreia a convidada musical era Theresa Maiuko. Mais tarde foi substituída por Dulce Pontes e Rita Guerra, ambas em início de carreira.
A parte de trás da nota já tinha sido mostrada neste blog
A estreia do espectáculo foi em 1990 por isso é provável que 91915 tenha a ver com a data de um dos espectáculos (15 de Setembro de 1991?).
Super show "007 - Ordem para Jogar" com High Society Ballet, Prof. Al Carthy, Theresa Maiuko, Johnny Martin, Fátima Zohra, Vítor Espadinha, Orquestra Casino Estoril, Gipsy Rhapsody Quartet, Rita Guerra.
fonte
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Uma Lisboa saída de um filme de James Bond
Há quem diga que a prostituição é a mais antiga profissão do mundo, mas um passeio da Lisbon Walker prova que os espiões são sérios candidatos a esse título. Dos Descobrimentos à Segunda Guerra Mundial, venha conhecê-los
Qualquer semelhança entre o James Bond de Ian Fleming e o espião Triciclo não é pura coincidência. Antes de morrer, Ian Fleming revelou que o agente duplo que viveu em Lisboa durante o período da Segunda Guerra Mundial terá servido de inspiração à sua personagem. E para quem achava que o Casino Royale era o do Mónaco, há novidades - o escritor referia-se ao Casino Estoril.
Não muito longe da literatura e do cinema, a realidade vivida em Lisboa na época do conflito serviu de base a um passeio organizado pela Lisbon Walker, uma empresa que organiza passeios temáticos. "Lisboa foi um ninho de espiões", concluíram José Varandas e outros membros da Lisbon Walker depois de várias leituras sobre a presença de refugiados na cidade. Enquanto país neutro durante a Segunda Guerra Mundial, Portugal foi um local privilegiado para as partes em conflito se encontrarem para negociações e, à boleia, vieram também os espiões, alguns dos quais acabariam por ter um papel importante no conflito.
Durante quase três horas, os participantes deste passeio a pé ficam a conhecer um passado de oito séculos de espionagem em Lisboa. O passeio começa onde todos os outros percursos da Lisbon Walker têm início: na Praça do Comércio. Aqui, a conversa recua aos séculos XV e XVI, à época dos Descobrimentos. Sim, já aí existiam espiões. E até o próprio Cristóvão Colombo - já diria José Rodrigues dos Santos - pode ter sido um deles. Daqui até ao século XX, a viagem faz-se por baixo de terra, de metro até à Avenida da Liberdade. Com a descida, dois nomes vão-se desenhando: Garbo e Triciclo, nomes de código de dois agentes duplos que trabalhavam para os Aliados mas eram fiéis da causa nazi. A vida de qualquer um dos dois encontra-se amplamente documentada e, por isso, há pano para mangas neste passeio. Garbo, um espanhol que residia em Lisboa, tornou-se numa lenda da espionagem.
A partir deste ponto, conhece-se uma série de locais de eleição destes espiões: os hotéis onde ficaram alojados ou onde se encontravam. O Hotel Avenida Palace esteve muito ligado a uma conspiração alemã, no Hotel Suíço-Atlântico esteve hospedado um destes espiões e o Hotel Vitória, actual sede do PCP, era o favorito dos Aliados. Toda esta descrição é acompanhada de um enquadramento no Estado Novo e de como se vivia em Lisboa nessa época, para recriar o seu ambiente na cabeça dos participantes. Chegando ao Rossio, o tema da conversa foca-se nos refugiados, que Portugal acolheu em quantidade e que trouxeram muitas informações úteis.
"Este é um passeio que levanta muita curiosidade, tanto para quem toma contacto com o tema pela primeira vez, como para quem já leu inúmeros livros sobre ele", garante José Varandas, da Lisbon Walker. E há motivos para agradar a todos. Tanto, que até antigos espiões estrangeiros já terão (alegadamente, claro) vindo fazê-lo.
"Lisboa, Cidade de Espiões" acontece no segundo domingo de cada mês, às 14h30. Custa €10 por pessoa. Não implica inscrição prévia, basta aparecer no local combinado (Pç. do Comércio com Terreiro do Paço). Para mais informações contacte a Lisbon Walker. www.lisbonwalker.com
Jornal I / 12 de Fevereiro de 2010
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
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