quarta-feira, 31 de março de 2010

Procura-se!


Procura-se: James Bond quer mulher perigosa para relacionamento superficial.

Autor: Zed
Diário Económico / 2006

segunda-feira, 29 de março de 2010

Os Émulos 007



Por meados do Século XX, o fenómeno heróico e comercial logrado por James Bond 007, além de revitalizar excepcionalmente o género de espionagem no cinema e na literatura, gerou o aparecimento, efémero ou sequenciado, de diversos agentes secretos referenciáveis por uma sigla numericamente similar. As características dos produtos e dos protagonistas eram parecidas, e as proezas decorriam sobretudo na Europa - aliás indiciando uma origem de fabrico, embora por vezes se conotassem operacionais americanos que intervinham no estrangeiro. Um dos mais populares e trepidantes foi OSS 117 (Hubert Bonisseur de la Bath), logo em fitas com Kerwin Mathews dirigido por André Hunebelle. Cabe ainda destacar OSS 77 (Robert Kent), um sucedâneo italiano, de aliciantes eróticos e exóticos. Ou 077 (George Farrell), que chegou a cumprir uma Missão em Lisboa (Espionage in Lisbon - 1965 - Fréderic Aycardy) - entre vários que em Portugal enfrentaram ameaças científicas, tráficos de tecnologia e outras crises entre as superpotências. Sem esquecer que até Bond andou por cá - na pele de George Lazenby, como 007 Ao Serviço de Sua Majestade (On Her Mejesty’s Secret Service - 1969 - Peter Hunt).

O nosso cinema chegou a investir na fórmula, com destaque para Operação Dinamite (1967 - Pedro Martins) com Nicolau Breyner, e 7 Balas Para Selma (1967 - António de Macedo) com Florbela Queiroz & Sinde Filipe.

Assinala-se também um outro tipo de personagens que fizeram culto, muitas vezes pela própria carisma dos intérpretes - como Michael Caine no míope e introvertido Harry Palmer (sobre romances de Len Deighton); ou Eddie Constantine no duro e insolente Lemmy Caution (segundo Peter Cheney), que Jean-Luc Godard celebrou em Alphaville (1965).

Aliás, também os americanos se deixaram envolver - entre a rivalidade heróica e a competição cinéfila. É o caso de Matt Helm - a partir de 1966, encarnado com mais devoção que eficácia por Dean Martin; ou de Derek Flint - a que James Coburn atribuiu uma personificação emblemática, mesmo nas situações mais embaraçosas. Outra experiência exemplar, já para a televisão, foi a série The Man From Uncle - cujos notórios Napoleon Solo (Robert Vaughn) e Ilya Kuriakin (David McCallum) chegaram a exibir-se nos cinemas. Voltando a Inglaterra, Richard Johnson foi um refinado Bulldog Drummond a partir de 1967, tão elitista como cosmopolita. Uma visão perturbante e realista surgira, entretanto, explorada por Martin Ritt em O Espião Que Saiu do Frio (1965), com Richard Burton, sobre a obra de John Le Carré.

Foi ainda a explosão espectacular de 007 que fez saltar Monica Vitti como Modesty Blaise (1966 - Joseph Losey), a partir da banda desenhada; ou que detonou as sagas de Danger Man, Mission: Impossible, I Spy e o humor de Mel Brooks em Get Smart, pelo pequeno ecrã. Aliás, numa combinação irresistível entre dois operacionais britânicos, James Bond e Harry Palmer, Austin Powers, o Agente Misterioso (1998 - Jay Roach) celebra uma paródia irresistível aos agentes secretos, ao mundo da espionagem - estilizada entre a guerra fria, o amor livre e uma sofisticada tecnologia - enfim, aos excitantes e nevrálgicos anos ’60.

José Matos Cruz, IMAGINÁRiO167 (+)

sábado, 20 de março de 2010

Lançamentos em Março

Quantum of Solace

A publicação dos contos de James Bond num único volume é a celebração definitiva do atraente e mortífero agente secreto 007. Quer esteja a fazer uma descoberta inesperada nas Bahamas, a caçar um assassino cubano em terreno selvagem, a derrubar um barão da droga internacional em Roma, na pista de um segredo mortífero nas Caraíbas ou a derrotar um assassino estranhamente sedutor em Berlim, missões perigosas e mulheres bonitas fazem parte do dia-a-dia de James Bond. E este agente é sempre um profissional competente.

Casino Royale

O agente 007, sempre sedutor e sofisticado, atraente e perigoso, tem como missão neutralizar uma rede terrorista russa. Num arriscado jogo de bacará, no mítico Casino Royale, Bond terá de vencer o temível Le Chiffre. No entanto, a atracção de James Bond por uma belíssima agente parece conduzir tudo ao desastre… Até que surge um inesperado aliado.


Dr. No

Após o desaparecimento de um agente dos Serviços Secretos Britânicos e da sua secretária na base de Kingston, M acredita que este pode ser um caso fácil para 007, ainda em recuperação do encontro quase fatal com um agente russo. Só que James Bond e Honey Rider, a sua bela e vulnerável amiga, após terem sido capturados ao invadirem a isolada ilha caribenha de Crab Key, encontram-se em poder do Dr. No, um sinistro eremita com pinças mecânicas no lugar de mãos, absolutamente fascinado pela dor. Decidido a proteger dos Serviços Secretos Britânicos as suas operações clandestinas, o Dr. No tem agora a oportunidade de se livrar de um inimigo e de aprofundar as suas diabólicas pesquisas. Bond e Rider acabam por ter de lutar pela vida num mortífero jogo da autoria do Dr. No…

Vive e Deixa Morrer

Mr. Big – senhor do mundo do crime nova-iorquino, líder do culto vodu Viúva Negra e membro da SMERSH, a poderosa organização soviética – é um dos oponentes mais perigosos que Bond alguma vez enfrentou. Esta nova missão, quase suicida, vai levar 007 dos clubes duvidosos do Harlem às ilhas da Florida e ao luxuriante Caribe.

Bond volta a estar bem acompanhado por uma bela e misteriosa mulher, Solitaire, prisioneira de Mr. Big, que não a deixará escapar facilmente. O duelo final acontece na Jamaica’s Shark Bay, onde 007 terá de enfrentar os mortíferos dentes dos tubarões... se quiser capturar um peixe maior.

http://editoracontraponto.blogspot.com/

quinta-feira, 11 de março de 2010