quinta-feira, 30 de maio de 2013

007 – Licença para vender

A saga do mais popular agente secreto ao serviço da coroa britânica, que há 40 anos apaixona gerações de novos e velhos, homens, mulheres e crianças, e que já vai na 20ª sequela, não é apenas mais um filme. As peripécias de James Bond no grande ecrã são também um veículo privilegiado de incentivo ao consumo, à promoção de produtos.

James Bond rima com agente secreto, com mulheres esculturais, com carros desportivos, perseguições em alta velocidade, vodka-martini, caviar, casinos, ‘glamour’, estilo de vida. A saga do mais popular agente secreto ao serviço da coroa britânica, que há 40 anos apaixona gerações de novos e velhos, homens, mulheres e crianças, e que já vai na 20ª sequela, não é apenas mais um filme. As peripécias de James Bond no grande ecrã são também um veículo privilegiado de incentivo ao consumo, à promoção de produtos. E nesse aspecto, «Morre Noutro Dia», que hoje chega às salas de cinema nacionais, já é apontado como um gigantesco ‘spot’ comercial.

Há 50 anos, quando o escritor Ian Fleming criou Bond – o espião do MI6 ao serviço de Sua Majestade, mundialmente famoso pelo seu elevado estilo de vida, o ‘bon-vivant’ sedutor e conhecedor do luxo e dos prazeres mundanos –, não imaginava que o mundo o transformaria num ícone. Hoje, tudo o que o herói de Fleming bebe, come, conduz ou veste transforma-se em objecto de culto por excelência. Por isso a imagem de Bond não serve apenas para encher salas de cinema e dar grandes lucros de bilheteira.

Em matéria de ‘marketing’, vale tudo, ao que parece. Mas as vozes da discórdia contra este excesso de aproveitamento comercial já se fizeram sentir. A dúvida é legítima: até que ponto a presença constante de publicidade não condiciona a qualidade do cinema, fazendo ruído, desviando a atenção do público? A questão, no entanto, não parece preocupar as marcas, que apostaram em grande na capacidade promocional da imagem de Bond. O espião tem também licença para vender, e por isso «Morre Noutro Dia» teve direito a um poderoso investimento por parte das marcas associadas (vinte, neste vigésimo filme), que apostaram cerca de 70 milhões de dólares (aproximadamente 70 milhões de euros) na imagem de Bond. E outras marcas aproveitaram também para lançar campanhas autónomas que se associam ao filme para vender, vender, vender.

Portal Mktonline.net, 10/01/2003

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Licença Para Olhar

Publicidade do canal Hollywood (2007) por ocasião da apresentação do filme "Johnny English" com Rowan Atkinson (Mr. Bean).